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A síndrome da dor regional complexa (SDRC) consiste em uma condição altamente dolorosa e incapacitante, desenvolvida depois de uma lesão traumática de variadas extensões.
A Associação Internacional para o Estudo da Dor sugeriu dividir a SDRC em dois tipos distintos, com base na presença da lesão do nervo em seguida a injúria:
Tipo I: também chamada de distrofia simpático-reflexa (DSR), atrofia de Sudeck, distrofia reflexo neurovascular ou algoneurodistrofia, não apresenta lesões nervosas aparentes.
Tipo II: antigamente denominada causalgia, apresenta evidências de lesões no nervo.
A etiologia desta síndrome ainda não foi muito bem elucidada. Sabe-se que dentre os fatores precipitantes estão lesões e cirurgias, embora existam casos relatados que não apresentam nenhuma lesão identificável.
Esta síndrome pode acometer indivíduos de todas as idades, mas, comumente, é diagnosticada após os 40 anos de idade. Embora afete ambos os sexos, apresenta-se na proporção de 3:1 (mulher:homem). Casos notificados em adultos e adolescentes têm aumentado.
As manifestações clínicas apresentadas por esta patologia costumam surgir próximos ao local da lesão, Os sintomas mais freqüentes a sensação de dor persistente e intensa; podem estar presentes espasmos musculares; inchaço local, intensa sudorese; alterações na temperatura da pele (que varia de fria a quente) e cor (vermelho intenso a um violeta avermelhado); enfraquecimento dos ossos; sensibilidade ou rigidez articular e/ou restrição de movimentos devido à dor.
Tanto estresse emocional quanto físico pode agravar a dor causada pela SDRC. Muitas vezes movimentar ou tocar no membro acometido gera uma dor insuportável.
O diagnóstico é feito basicamente observando-se os sintomas apresentados pelo paciente, uma vez que não existe nenhum teste específico parta a SDRC. Todavia, alguns testes, como termografia, teste de suor, radiografias e cintilografia óssea podem ser úteis na construção do retrato da patologia em questão.
O tratamento desta síndrome é multidisciplinar, abrangendo uso de fármacos e terapias, como:
- Fisioterapia e exercícios;
- Psicoterapia;
- Bloqueios dos nervos simpáticos, englobando a cirurgia de simpatectomia;
- Estimulação da medula espinhal;
- Fármacos, como analgésicos, antidepressivos, corticosteróides e opióides.
A demora no diagnóstico e/ou tratamento da SDRC pode levar a graves problemas físicos e psicológicos. O reconhecimento e tratamento precoce oferecem maior oportunidade para a recuperação do paciente.